Acquastudio, Espaço Fashion, Ausländer

A estilista Esther Bauman inspirou-se no trabalho do arquiteto descontrutivista Peter Eisenman para criar peças de aspecto tridimensional. Muitos volumes, uma enxurrada de camadas de pregas, diversos plissados e muitos cortes geométricos. Apesar dessa origem dura das formas o desfile foi extremamente feminino e leve. Até mesmo as ankle boots foram contrapostas com o tule point d`esprit que as cobria perfeitamente. Os vestidos habillé desfilavam pela passarela divinamente com cores que variavam do nude aos azuis, muito calmo e bonito de se ver. Vale lembrar que a música do filme Miss Little Sunshine abriu o desfile com um climão inesquecível.Beleza refinada é o melhor resumo para o desfile de Esther Bauman para a Acquastudio

Para seu segundo desfile, a Espaço Fashion traz um cenário todo branco com fumaça de gelo seco que dá a idéia de terras geladas. O desfile traz volumes difíceis com tecidos que envolvem o corpo, vestidos curtos, soltos, cheios de dobraduras e calças justas com volume no quadril. Ou seja: difícil ver essa moda nas ruas, mais difícil ver chegar nas lojas da marca, que fizeram sucesso e fortuna vendendo modinha da hora em malha de fácil assimilação.A apresentação começou em preto e vai clareando até terminar em branco. O que mais chama atenção na coleção são as matérias – couro, veludo, seda - e texturas – como amassados, plissados e tricotados. Alias o tricô é um ponto forte e aparece em grandes pontos ou fazendo um tipo de listrado que vem em blusa e vestido. Bem bonito! As estampas eram abstratas, manchadas como se fossem a foto do céu num entardecer.A seqüência do couro despontado rasgado, é boa e aparece em micro-saias e casacos, o que lembra trajes pré-históricos de boate. Pra quem não tem coragem nem corpo pra todos os volumes apresentados, a bota de cano grandão desabado é um bom item pra se ter do inverno da marca. E pode escolher: tem na versão camurça e jeans.

A coleções feminina e masculina da Ausländer foram inspiradas nas ruas (e nos blogs como The Sartorialist, especializados em estilo de rua).
Inspirado pelos street blogs, o estilista Ricardo Brautigam colocou na passarela uma turma cosmopolita que poderia estar caminhando em qualquer cidade do mundo.
A marca carioca veio com muito preto e branco, alfaiataria misturada com t-shirts silkadas (carro-chefe da marca), blazers para as meninas com jeitão “roubei do meu namorado” e minissaias com cintura alta e botões dourados.

O look "uniforme" fica ainda mais bacana se você investir em complementos como botas de couro ou sapatos de camurça, tais quais os modelos criados pela designer Constança Basto especialmente para o desfile. Com estilo meio masculino meio de sapatos de dança, os modelos flat e de salto agulha foram estrelas do feminino da Ausländer. Aliás, criado na década de 50, o salto agulha finíssimo está de volta - pode apostar!
Para os rapazes, blazers, jaquetões e calças skinny. Tudo com muito xadrez, flanela e tweed.

Rio Moda Hype

O Rio Moda Hype chega à sua 10 edição e pode comemorar: o projeto revelou grandes talentos como Felipe Eiras, Chiaro e Soul Seventy. Hoje, no primeiro dia de desfiles (amanhã serão mais 6), as 5 apresentações não decepcionaram e mostraram que não é só de grandes nomes que se faz a moda brasileira.
Fernanda Yamamoto é a estilista sensação do projeto, seus desfiles anteriores receberam muitos elogios da critica. Mas, dessa vez, não vemos a coerência e a maturidade de suas antigas coleções. Os volumes e pregas nem sempre tinham o resultado desejado. Ponto para a cartela de cores refrescante com cinza, lilás, azul e verde menta e para o vestido de pregas cinza claro, bem Fê Yamamoto.
Martins Paulo apresentou o desfile mais comercial e jovem do dia, com muitos vestidos trapézio em patch-work de xadrez e tiras coloridas que recebiam quase sempre jaquetinhas ou coletes. Tudo bem alegre. A grande fatia do mercado teen agradece.
Alisson Rodrigues prova que a moda masculina tem muito a dizer. Seu desfile, que chama “Urbanidades”, traz uma moda street-urbana inventiva como quando faz bom-humor com sinais de trânsito que decoram camisas e shorts. Até luzinhas, que remetem à luzes de trânsito, decoram peças como o casaco de chuva do final. As jaquetas são outro ponto forte da coleção, assim como os tricôs. Agora é a moda masculina que agradece.
Julia Valle faz uma chique e intelectualizada mulher para seu inverno 2009. Como se tivesse entrado no guarda-roupa tradicional das mulheres e transportado tudo para o futuro. Então o prosaico conjunto de saia de cintura alta usado com camisa fica com a saia cheia de volumes assimétricos e a camisa meio torta e enrugara, o batido vestido chemise fica com os botões tortos e uma manga longa e outra curta. Um estranho e belo futuro.
Renata Veras traz o desfile mais sexy do dia. Suas guerrilheiras gostam, na verdade, de noite e de mostrar o corpão em pleno inverno. Micro-vestidos vêm em tricô e muitas vezes em couro e chamois, como o que recebe bordado de tiras de couro em marrom e café. Depois, o calor continua num micro-shorts usado com meia de renda preta e blazer de seda. E até uma exótica calça saruel transparente e pink é usada com body preto de couro. Definitivamente é moda para um inverno quente, sexy e nada discreto.
A Frame vem com uma moda intelectualiza com muita malha e transparência, tudo desabado e oversized. Meninos bem modernos vestindo pouca roupa e com muitas transparências. As mulheres vêm com muitas camadas de tecido em vestidos bem rodados. Bonito o blazer curtinho com camadas na barra e acessórios como as maxi mochilas e os chinelos.

Printing, Cláudia Simões, Cantão, Apoena e Graça Ottoni

Colares de vidro da Printing
Um dos pontos altos do desfile da Printing foram os colares de vidro que dominaram a passarela. A criação é do stylist Daniel Ueda, que usou murano para modelar os acessórios. As cores predominantes foram as mais quentes, com destaque para o amarelo.

Claudia Simões levou para a passarela uma coleção sobre suas raízes portuguesas com inspiração nos tradicionais azulejos. O preto e os tons terrosos deram o tom do desfile. A silhueta rígida com cintura bem marcada com perfume dos anos 60 e 80 e destaque para os ombros foram os pontos altos. Vestidos toma-que-caia, cintos, maxipulseiras e colares completaram a viagem lusitana.

A inspiração da estilista Yamê Reis para o inverno do Cantão foi a arte de "promover encontros". A coleção batizada Tão longe, tão perto ressalta a beleza dos encontros estéticos, culturais e afetivos.

O desfile foi um grande encontro étnico, no qual se viu uma profusão de referências culturais. Na passarela, o cowboy americano apareceu junto ao gaúcho dos Pampas. Referências étnicas de África, Vietnã e tribos indígenas brasileiras são mixadas a xadrez e elementos da natureza, como florais e plumas.Das botinhas com franjas estilo apache às rendas renascenças do Nordeste, as peças têm a bossa de uma miscelânia de cores e texturas.O jeans veio lavado e estonado em macacões, shorts, jaquetas e vestidos - pode apostar!

Para compor os looks, o Cantão investiu em colares com penas e miçangas, que dão um efeito chique e descontraído ao mesmo tempo. Ponchos gaúchos sobre jaquetinhas jeans estonadas também funcionam como um ótimo "toque final" para qualquer produção.
No quesito estampas, a aposta foi penas de pavão e cocares silkados - bem bacana. A blusa e o vestido com estampa de pavão são lindos

Desfilando pela terceira vez, a Apoena apresenta o já conhecido trabalho de mais de 500 artesãs da periferia do Distrito Federal. Todas elas, talentosas bordadeiras que conseguem criar um padrão Argyl (de losangos) ou um print de onça com perfeição. Vestidos longos de tricô preto ganham contas coloridas, o fuxico aparece em pequenos detalhes ou cobrindo por inteiro uma peça. Nesse caso, destaque para o último look, desfilado por Bruna Tenório: um tubinho curto de escamas em fuxico lilás, roxo e azul. Dando um passo na evolução da marca, Katia Ferreira, a estilista no comando desse batalhão de artesãs, transforma cada bordado em estampa digital idêntica. Eles dão vida a vestidos de seda em diversos comprimentos, camisas e chemises, que cã entre nós, são mais adequados ao verão. O inverno aparece mesmo nos casacos e nos macacões compridos.

O release do desfile dizia que Graça Ottoni mergulharia em seus arquivos e “recriaria elementos da própria história” para compor sua coleção de inverno 2009. Apesar da sensação de que faltou essa revisão de sua trajetória, a estilista faz uma boa apresentação com estampas florais e de cobra espertas. Ela propõe blusas, saias e vestidos longos e curtos em formas amplas e afastadas do corpo. A calça saruel com comprimento na altura das canelas – que já é hit da temporada – também aparece. A renda faz um charme em algumas peças e vira punho e golas, que complementam os looks. No final do desfile, um bloco de vestidos pretos esvoaçantes, com cauda um pouco exagerada demais.

Para as Cariocas

Elton John fará um show no dia 19 no Rio, na Praça da Apoteose. Com o show de abertura de James Blunt ( You're Beautifuuuul). Ingressos estarão disponíveis na bilheteria do Maracanãzinho, a partir de segunda-feira, 10 de novembro, das 9h às 18h. Pista premium - Inteira, R$ 550,00 e meia/estudante, R$ 275,00
Pista e Arquibancada - 30 mil ingressos - Inteira, R$ 250,00 e meia/estudante, R$ 125,00.
Achou baratinho?

Exposição Corpo Humano: Real e Fascinante

Devido ao seu sucesso foi prorrogada até dia 1/2/09, com preços promocionais nas terças.
Dias e Horários: Ter. à Dom: 09:00h - 18:00h
Entrada até 17h15

Está no Flamengo, uma boate inflável vinda diretamente da Europa. Além da fachada, a decoração também usa elementos infláveis, como almofadas e o próprio mobiliário, ressaltando a leveza e portabilidade dentro de um ambiente cool.

A boate inflável é alimentada por dois ventiladores de alta rotação e terá pista de dança com capacidade para 2.500 pessoa num espaço que contará com sushi bar, bares, lounges e um deck externo com três piscinas redondas de 7,5 metros de diâmetro, totalizando uma area de quase 4 mil m².
Aos domingos, a casa abrirá às 16h entretando o banho de piscina estará liberado inclusive nos dias em que a programação começar só mais tarde. A expectativa dos organizadores é atrair entre 4.000 e 8.000 pessoas por dia, pagando um ingresso que custará cerca de R$ 50. Legal, né?

Ela voltou! Além de apreciar a vista da Cidade Maravilhosa em cabines fechadas e super confortáveis, com suporte até para MP3 Player, onde o expectador poderá ‘plugar’ seu aparelho e ouvir sua própria música, o parque de entretenimento contará ainda com diversas atrações com o Bar da Roda, o Bar da Pista, DJ´s, mesas de sinuca e muita cerveja gelada (no horário noturno onde é proibida a entrada de menores, mesmo acompanhados dos pais).
Terças, quartas e quintas-feiras:Das 13 às 17 - Ingresso: R$10 (inteira), R$5 (meia)Das 19h às 00h - Ingresso: R$20(inteira), R$10 (meia)
Sextas-feiras:Das 13h às 17: R$10(inteira), R$5(meia)Das 19h as 2h: R$30(inteira), R$15(meia)
Sábados, domingos, feriados e carnaval:Das 10h às 17h: R$15(inteira), R$7,50(meia)Das 19h às 2h - R$30 (inteira), R$15(meia).

Enquanto isso, lá fora do Fashion rio...

A advogada Cristiana Pinheiro Guimarães circulava agora a pouco pela Marina da Glória cheia de charme com uma sombrinha japonesa comprada no Saara. “Todo ano é a mesma coisa e a sombrinha é a melhor solução para aguentar o calorão da travessia de um desfile para outro” diverte-se.
E como o Rio, mais do que nunca, está na moda, na onda do hype carioca, a moça completou o look com o pingentinho em forma do Cristo, da designer carioca Lídice Caldas e bracelete de prata da designer Lygia Durand.

Amanhã estarei no Saara! Achei um charme!

Cavendish e Victor Dzenk

Traduzida em roupas, a referência significou muitos looks em cinza e xadrez e alguns casacos mais pesados, como o trench-coat. Diferentemente de outras marcas, a Cavendish não lançou mão da meia-calça em sua apresentação.
As calças e bermudas de alfaiataria vinham soltinhas, com a barra inglesa - aquela viradinha. Os vestidos tinham comprimentos que iam do longuete ao longo, muitos bem decotados, feitos para quem vive um inverno tropical

Na trilha do Tango, a marca investe em sobreposições, jaquetas curtas evestidos.

Maria Bonita Extra

Ana Magalhães mistura rock e realeza para o inverno 2009 da Maria Bonita Extra. Antes do desfile, a estilista conta que buscou um contraponto entre o clássico e o novo para a coleção e isso pode ser muito bem observado na escolha, por exemplo, dos tecidos. De um lado, os nobres e tradicionais seda e lã pura; do outro, o popular e jovem moletom. A aristocracia também está presente em pequenos detalhes, como o rufo - adereço de pescoço dos reis europeus – que se transforma em golas de vestidinhos, cintos e até delicados arranjos de cabeça. Aliás, os acessórios são um charme: luvas, chapéus de feltro adornados por pequenos arranjos de plumas, grandes broches de coração, laços de veludo na barra das saias e sapatos altos tipo oxford, assinados por Andréa Muller. As pregas e a alfaiataria bem acabada ajudam a construir os minivestidos abalonados, que aparecem tanto com mangas longas como cavadas. O comprimento das calças e macacões saruel vai até o meio das canelas e a cartela de cores une tons sóbrios e suaves. Para afirmar ainda mais o tema da nova linha, a grife usou a flor-de-lis, símbolo da realeza, para estampar algumas peças. Foi, enfim, uma coleção digna de uma princesa dos tempos modernos.