quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Printing, Cláudia Simões, Cantão, Apoena e Graça Ottoni

Colares de vidro da Printing
Um dos pontos altos do desfile da Printing foram os colares de vidro que dominaram a passarela. A criação é do stylist Daniel Ueda, que usou murano para modelar os acessórios. As cores predominantes foram as mais quentes, com destaque para o amarelo.

Claudia Simões levou para a passarela uma coleção sobre suas raízes portuguesas com inspiração nos tradicionais azulejos. O preto e os tons terrosos deram o tom do desfile. A silhueta rígida com cintura bem marcada com perfume dos anos 60 e 80 e destaque para os ombros foram os pontos altos. Vestidos toma-que-caia, cintos, maxipulseiras e colares completaram a viagem lusitana.



A inspiração da estilista Yamê Reis para o inverno do Cantão foi a arte de "promover encontros". A coleção batizada Tão longe, tão perto ressalta a beleza dos encontros estéticos, culturais e afetivos.
O desfile foi um grande encontro étnico, no qual se viu uma profusão de referências culturais. Na passarela, o cowboy americano apareceu junto ao gaúcho dos Pampas. Referências étnicas de África, Vietnã e tribos indígenas brasileiras são mixadas a xadrez e elementos da natureza, como florais e plumas.Das botinhas com franjas estilo apache às rendas renascenças do Nordeste, as peças têm a bossa de uma miscelânia de cores e texturas.O jeans veio lavado e estonado em macacões, shorts, jaquetas e vestidos - pode apostar!

Para compor os looks, o Cantão investiu em colares com penas e miçangas, que dão um efeito chique e descontraído ao mesmo tempo. Ponchos gaúchos sobre jaquetinhas jeans estonadas também funcionam como um ótimo "toque final" para qualquer produção.
No quesito estampas, a aposta foi penas de pavão e cocares silkados - bem bacana. A blusa e o vestido com estampa de pavão são lindos



Desfilando pela terceira vez, a Apoena apresenta o já conhecido trabalho de mais de 500 artesãs da periferia do Distrito Federal. Todas elas, talentosas bordadeiras que conseguem criar um padrão Argyl (de losangos) ou um print de onça com perfeição. Vestidos longos de tricô preto ganham contas coloridas, o fuxico aparece em pequenos detalhes ou cobrindo por inteiro uma peça. Nesse caso, destaque para o último look, desfilado por Bruna Tenório: um tubinho curto de escamas em fuxico lilás, roxo e azul. Dando um passo na evolução da marca, Katia Ferreira, a estilista no comando desse batalhão de artesãs, transforma cada bordado em estampa digital idêntica. Eles dão vida a vestidos de seda em diversos comprimentos, camisas e chemises, que cã entre nós, são mais adequados ao verão. O inverno aparece mesmo nos casacos e nos macacões compridos.


O release do desfile dizia que Graça Ottoni mergulharia em seus arquivos e “recriaria elementos da própria história” para compor sua coleção de inverno 2009. Apesar da sensação de que faltou essa revisão de sua trajetória, a estilista faz uma boa apresentação com estampas florais e de cobra espertas. Ela propõe blusas, saias e vestidos longos e curtos em formas amplas e afastadas do corpo. A calça saruel com comprimento na altura das canelas – que já é hit da temporada – também aparece. A renda faz um charme em algumas peças e vira punho e golas, que complementam os looks. No final do desfile, um bloco de vestidos pretos esvoaçantes, com cauda um pouco exagerada demais.

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